Dois meses atrás recebia a notícia do falecimento de meu irmão

Há exatos dois meses atrás, no dia 23 de fevereiro, pelas 21h, eu recebia a triste notícia do falecimento de meu irmão Maximino. Foram momentos difíceis, vividos com o pai e a mãe, com os irmãos todos, com a cunhada/viúva, com os três sobrinhos.

Sinto ainda o vazio de um pedaço da gente com quem não se pode mais conversar de viva voz, em quem não se pode mais dar um abraço e para quem não se pode mais expressar um sorriso. Parecem coisas tão comuns, mas é na falta, na impossibilidade, que se percebe a sua importância, o seu real seu significado.

Na verdade, a gente parece esquecer que um dia será o último da nossa vida sobre a terra. Não nos damos conta de que o encontro com uma pessoa no dia de hoje poderá ser o último. E as palavras que lhe proferirmos poderão ser as últimas.

Pelo fato de ser passageira, limitada, a vida é constante tensão de plenitude, de eternidade, de paz em Deus. No efêmero, onde agora vivemos, certamente jamais atingiremos totalmente esta meta. Importa, porém, não estagnarmos em estágios humanos inferiores, quais sejam os do ódio, do preconceito, do orgulho, da auto-suficiência, do egoísmo, enfim.

“Com a medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos” (Lc 6,35-38) – disse o Senhor Jesus.

Com a tristeza da morte do Max, ficou em mim este apelo, este chamado. Quanto tempo de vida ainda terei? Dias, anos, décadas? Só Deus sabe.

Senhor, que passaste pelo tempo e o santificaste, ajuda-me para que os momentos da minha vida sejam progressivos para a meta da união contigo.

Senhor, que a união e o amor com os irmãos seja um empenho constante, pois “quem diz que ama a Deus e odeia seu irmão é mentiroso” (1Jo 4,20s).

Senhor, que mesmo em meus limites e fracassos, saiba reconhecer que sou chamado à plenitude, à vitória da vida e do amor.

Senhor, que em minha miséria, eu seja instrumento do teu plano de amor e salvação para muitos irmãos e irmãs, pois desejas “que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,3-4). Amém!

 

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