A fortíssima experiência de fé de um pároco, em Aleppo, Síria, entre os perigos e escombros de uma guerra absurda!

d133b60ccaFiz questão de traduzir a matéria abaixo, publicada no site vaticaninsider.lastampa.it, em italiano. É muito interessante. Leia você e depois diga o mesmo.

Abaixo, para quem entende o italiano, deixei a mesma matéria conforme o idioma original, para que possa eventualmente conferir.   

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“Eu, pároco de Aleppo, onde Deus não deixa de nos surpreender”

Entrevista com Frei Ibrahim Asabagh, 43 anos, desde outubro pároco na cidade siriana atingida pela guerra. “O meu medo é vencido pela graça do Senhor”

Andrea Avveduto

“A paróquia não foi ainda ameaçada diretamente, mas alguns dos nossos vizinhos correm risco de vida cada dia. A maior parte dos jihadistas que nos atacam não falam nem mesmo o árabe, vem todos de países distantes e não tem muito a ver com a revolução siriana”. Frei Ibrahim Alsabagh, 43 anos, é pároco em Aleppo desde outubro. Nascido em Damasco, depois dos estudos em Roma voltou para a Síria, para “estar com o seu povo”. Internet e linhas telefônicas vão e vem na cidade, devastada pelo conflito em curso. Água e eletricidade são um luxo. No entanto, este tenaz frade franciscano continua a viver ali, ajudando todos, cristãos e muçulmanos, dentro de um drama que não poupa ninguém.

Padre Ibrahim, como vives em um lugar como Aleppo, atingido pela violência desta guerra absurda?
A primeira coisa que me segura em pé é a vontade Deus para mim como entendi na minha vida. Certa vez fiz um pacto com o Senhor, quando Ele me fez entender claramente que devia segui-lo. Eu lhe disse: “Senhor, a vida contigo é bastante difícil, mas sem ti é impossível. Não consigo viver longe de ti”. E depois, quando senti a vocação de cuidar dos outros, as famílias, como sacerdote pedi-lhe que estivesse em meu lugar na minha família, de forma que pudesse me dedicar inteiramente aos outros. Tinha 19 anos quando isso me ocorreu, mas é um fato que tenho sempre presente no meu coração. Cuidar da sua família, do Seu povo: esta é a Sua vontade e, para mim, estou pronto, com toda tranquilidade, a ir para qualquer lugar do mundo, onde tenho a certeza de ser mandado exatamente por Ele, através dos Seus representantes, os superiores que me pedem a disponibilidade de partir . Assim, quando me pediram para ir para Aleppo, não senti medo, mesmo tendo claro que deveria carregar uma cruz pesada estando aqui”.

E hoje tens medo?
Todo dia. Mas o que dá medo é vencido pela graça do Senhor que age, e tantas vezes nos leva a fazer coisas que não imaginávamos de poder fazer. Também agora que estou aqui sinto uma paternidade, uma doçura que, para mim, me digo: “Mas eu não sou assim atencioso, assim carinhoso!  Não tenho a força de amar até este ponto!” Com esta surpresa, me dou conta da graça que está dentro e que vem dEle. De fato, quando nos recomendamos a Ele, não somos mais nós, é Ele que vive em nós, como diz São Paulo”.

Num lugar abandonado como Aleppo, como fazeis para viver a comunhão com a Igreja Universal?
“Depois da última visita à Itália me dei conta de que nós estamos muito presentes nas vossas orações, nas paróquias e nos sacerdotes, de tantos consagrados que fazem vigílias por nós. Temos um problema de comunicação, que vai e que vem. Frequentemente falta eletricidade e nos sentimos isolados porque parece que estamos fora do mundo, mas procuro escutar todos os dias o que diz o Papa, para viver a comunhão com a Igreja de Roma”.

Que coisa pedes a nós, cristãos do Ocidente?
“Antes de tudo de continuar com a oração, pelo Oriente Médio, pelos cristãos da Síria e de Aleppo em particular, porque rezar é um sinal de fé na sabedoria do Senhor e uma prova visível da grande comunhão que existe entre nós. E depois, aqui se tem necessidade de tudo, às vezes não podemos nem dizer de que coisa mesmo temos necessidade. Quando chegam as ajudas humanitárias podemos fazer muito para sustentar o povo que vive aqui. Não esqueçam a generosidade, como dizia São Paulo que fazia pessoalmente a coleta especial para os cristãos de Jerusalém em grande dificuldade, e convidava a manifestar a caridade que existe no coração através da ajuda concreta às Igreja em dificuldade. Nós continuaremos a confiar na Providência e estamos certos que não deixará nunca de nos surpreender.

Para sustentar o trabalho do padre Ibrahim e dos franciscanos da Custodia da Terra Santa se pode acessar o site www.proterrasancta.org

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Do site vatican insider.org, 18/07/2015
«Io, parroco ad Aleppo, dove Dio non smette di sorprenderci»

Intervista con fra Ibrahim Alsabagh, 43 anni, da ottobre parroco nella città siriana martoriata dalla guerra. «La mia paura è vinta dalla grazia del Signore»
Andrea Avveduto
«La parrocchia non è ancora minacciata direttamente, ma alcuni dei nostri vicini rischiano la vita ogni giorno. La maggior parte dei jihadisti che ci attaccano non parlano neppure arabo, vengono tutti da paesi lontani e hanno poco a che fare con la rivoluzione siriana». Fra Ibrahim Alsabagh, 43 anni, è parroco ad Aleppo da ottobre.  Nato a Damasco, dopo gli studi a Roma è tornato  in Siria, per “stare con la sua gente”. Internet e le linee telefoniche vanno e vengono nella città più devastata dal conflitto in corso. Acqua ed elettricità sono un lusso. Eppure questo tenace frate francescano continua a vivere lì, aiutando chiunque, cristiani e musulmani, dentro un dramma che non risparmia nessuno.

 

Padre Ibrahim, come fai a vivere in un luogo come Aleppo, stremato dalla violenza di questa guerra assurda?

«La prima cosa che mi tiene in piedi è la volontà di Dio, per come l’ho percepita nella mia vita. Una volta ho fatto un patto con il Signore, quando mi ha fatto capire chiaramente che dovevo seguirLo.  Gli ho detto: “Signore, la vita con te è abbastanza difficile, ma senza  di te è impossibile. Non ce la faccio a vivere lontano da te”. E poi, quando ho percepito la vocazione di curare gli altri, le famiglie, come sacerdote gli ho chiesto di stare al mio posto nella mia famiglia, così che potessi dedicarmi interamente agli altri. Avevo 19 anni quando mi è successo, ma è un fatto che tengo sempre presente nel mio cuore. Curare la Sua famiglia, la Sua gente: questa è la Sua volontà, e per questo sono pronto, con tutta tranquillità, ad andare in qualsiasi luogo al mondo, dove ho la certezza di essere mandato proprio da Lui, attraverso i Suoi rappresentanti, i superiori che mi chiedono la disponibilità di partire. Così, quando mi hanno chiesto di andare ad Aleppo, non ho sentito paura, pur avendo chiaro che avrei portato una croce pesante stando qui».

 

E oggi hai paura?

«Ogni giorno. Ma ciò che mi fa paura è vinto dalla grazia del Signore che agisce, e tante volte ci porta a fare cose che non immaginavamo di poter fare. Anche adesso che sono qui sento una paternità, una dolcezza che tra me e me dico: “Ma io non sono così gentile, così tenero! Non ho la forza di amare fino a questo punto!” Con questo accorgimento mi accorgo della grazia che c’è dietro e che viene da Lui. Davvero, quando ci consegniamo a Lui, non siamo più noi, Lui che vive in noi, come dice san Paolo».

 

In luogo abbandonato come Aleppo, come fate a vivere la comunione con la Chiesa universale?

«Dopo l’ultima visita in Italia mi sono accorto che noi siamo ben presenti nelle vostre preghiere, nelle parrocchie e nei sacerdoti, di tanti consacrati che fanno veglie per noi. Abbiamo un problema di comunicazione, che va e viene. Spesso manca l’elettricità e ci sentiamo isolati perché sembra di essere fuori dal mondo, ma cerco di sentire ogni giorno cosa dice il Papa, per vivere la comunione con la Chiesa di Roma».

 

Che cosa chiedi a noi cristiani d’Occidente?

«Prima di tutto di continuare con la preghiera, per il Medio Oriente, per i cristiani della Siria e di Aleppo in particolare, perché pregare è un segno di fede nell’intelligenza del Signore e anche una prova tangibile della grande comunione che esiste tra di noi. E poi qui c’è bisogno di tutto, qualche volta neanche possiamo dire di cosa abbiamo davvero bisogno. Quando arrivano gli aiuti umanitari possiamo fare molto per sostenere la gente che vive qui. Non dimenticate la generosità, come diceva San Paolo che faceva personalmente la raccolta speciale per i cristiani di Gerusalemme in grande difficoltà, e invitava a manifestare la carità che esiste nei cuori attraverso l’aiuto concreto alle altre Chiese in difficoltà. Noi continueremo ad attendere la Provvidenz a e siamo sicuri che non mancherà mai di sorprenderci».

 

Per sostenere l’opera di padre Ibrahim e dei francescani della Custodia di Terra Santa si può visitare il sito: www.proterrasancta.org

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