Nesta quarta-feira de manhã 25 de outubro, com um amigo, visitamos Mons. Carlos Kiesewetter, na cidade de Penha. Nosso encontro realizou-se ao meio dia, num restaurante próximo à residência do Monsenhor. Tivemos a grata oportunidade de encontrarmos, com ele também o casal, seu irmão e cunhada, e uma sobrinha. Comovia ouvir esses verdadeiros anjos que acompanham o idoso sacerdote, já com seus 85 anos. E cuidam de todos os aspectos da vida dele, desde a saúde até lhe proporcionando a segurança de que necessita. Defendem-no de assédios de pessoas inescrupulosas que vem pedir dinheiro emprestado; outros vem lhe solicitar local de estacionamento para seus veículos em seu terreno. Mas o cuidado e o carinho que dedicam ao Monsenhor Carlos é exemplar, diuturno, atento.
Para mim foi uma imensa alegria poder lhe manifestar gratidão pelo seu apoio e amizade. Na década de 1990, quando cheguei a Blumenau, o Monsenhor abriu-me as portas da sua Paróquia Santa Teresinha, no bairro Escola Agrícola. Pediu-me que atendesse pastoralmente as capelas da margem esquerda do Rio Itajaí-Açú. Eram, então, sete comunidades. Foi um apoio fraterno que jamais esquecerei. De um lado, aliviou um pouco a sua carga, porque, ao todo, naquele tempo, ele tinha, quatorze comunidades para atender.
Por outro lado, oportunizou-me trabalhar sem interferir, a não ser quando lhe solicitava seus conselhos.
Mesmo depois de Dom Orlando Brandes, bispo da Diocese de Joinville, à qual Blumenau pertencia naqueles tempos, mesmo depois dele ter criado a Paróquia Santo Estêvão, onde eu residia, Monsenhor Carlos me acompanhou com sua amizade e apoio.
Dessa forma, depois de quase três décadas, encontrá-lo com saúde, alegre, sorriso fácil, embora com as limitações próprias dessa idade avançada, e poder dizer-lhe, olho no olho, “obrigado”, torna-se sentimento até difícil expressar em palavras.
Monsenhor Carlos Kiesewetter, com seu trabalho humilde e perseverante, marcou a história da evangelização em Blumenau. A ele diversas paróquias da região devem-lhe reconhecimento e gratidão. Além de preces pelo zeloso pastor que por aqui passou!
Pe. Raul Kestring
Imagem: Aloisius Lauth