Porque aquela imagem de capa do meu blog

Porque aquela imagem de capa?

Adaptada gentilmente pelo meu amigo e orientador do site da Diocese de Blumenau (diocesedeblumenau.org.br), Everton Marcelino, a imagem de apresentação deste meu blog retrata a Capela Santo Antonio, situada na localidade de Volta Grande, município de Mirim Doce, SC.

Desta comunidade eclesial participaram meus pais, toda a minha família, desde os seus inícios, por volta de do ano de 1975. Ali, meu pai, Gregório Kestring, exerceu os ministérios extraordinários da Comunhão, do Batismo e do Casamento. Ali minha mãe, Clarinda Borghezan foi catequista de Primeira Eucaristia e Crisma por diversos anos.

 No ano de 1985, a família mudou-se para a nova moradia, em bonito e amplo terreno, situado a 4 km da cidade de Taió, na localidade de Margem Direita. Espaçoso, bem situado, o novo lar foi  idealizado e construído para essa nova etapa da nossa história.

Em Volta Grande, a Capela Santo Antonio, pertencente à Paróquia São Miguel Arcanjo/São José, Diocese de Rio do Sul, SC, nasceu com a minha ordenação sacerdotal e primeira missa solene, ocorridas no final do ano de 1976. No dia 12 de dezembro recebi a ordenação sacerdotal na Igreja-Matriz São Miguel Arcanjo e, no domingo seguinte, 19, presidi a primeira missa em palco com altar improvisado, embora caprichado, preparado na frente da escola.  

Outro fato pereniza minha saudade da Volta Grande. A Origem da Capela Santo Antonio remonta à devoção da minha avó materna, Otília Brugnara Borghezan. Ela e meu saudoso avô, João Virgínio Borghezan, por volta do ano de 1945, migraram da região de Orleães, no Sul do nosso Estado de Santa Catarina, para Taió. Naquele tempo o município de Mirim Doce não existia. Somente mais tarde, a pequena vila virou distrito de Taió e bem mais tarde, tornou-se município.

A mudança de meus nonos para a nova terra deu-se ao estilo daqueles tempos. Acomodava-se todos os objetos em lombos de mulas cargueiras, dentro das “bruacas”, espécie de mala de couro colocada sobre o lombo do animal. Numa delas, nona Otília, não esqueceu de reservar espaço para trazer um quadro de Santo Antonio. Até porque uma imagem de gêsso ou de madeira ficaria mais difícil de resistir aos troteios da mula.

Na verdade, os imigrantes italianos tinham grande devoção a este santo taumaturgo e grande intercessor. Ainda mais que, embora nascido em Lisboa, Portugal, ele viveu e trabalhou quase toda a sua vida na Itália, ali falecendo em 1231. Em solo italiano, por suas cidades e vilas, fizera concorridas pregações, impressionantes milagres, cujos relatos chegaram aos nossos dias.  

Diante deste quadro, primeiro na casa dos meus avôs maternos e, às vezes também na dos meus avôs paternos, Carlos Kestring e Angelina Veronese, as famílias da redondeza se reuniam para a reza do terço aos Domingos e em dias santos.

Guardo vivas lembranças do meu tempo de garoto, quando o terço era rezado, já, na escola construída em madeira naquela localidade. Então, sobre o altar, rodeado de flores e velas, figurava bonita imagem de Santo Antonio, adquirida alguns anos mais tarde pela comunidade. Acostumei-me a ver esta imagem sobre o arrumado altar, mesmo durante as aulas do curso primário, por mim frequentado nos anos de 1957, 1958 e 1959.

Terei ocasião ainda de voltar a contar a você, leitor/a, sobre esses tempos e esses fatos da minha história que vão se distanciando cronologicamente. Não se distanciam, porém, do coração, da saudade, da gratidão ao Deus-Amor, à minha família e a tantas pessoas integradas na minha história de vida.

Leia também...