Outra imagem da minha família – Rosalina também já partiu para a eternidade

Da direita para a esquerda desta foto, a segunda pessoa que se vê, é a Rosalina. Casada com Henrique, que está a seu lado esquerdo, era irmã adotiva de minha mãe. Pouca diferença tinha da minha idade. Crescemos juntos, fizemos o curso primário na mesma época e na mesma escola.

Rosalina formou uma família e a ela dedicou-se durante toda a vida como mãe atenciosa e depois como avó acolhedora e carinhosa. A vida trouxe-lhe muitas e grandes alegrias. De outro lado, aprontou-lhe diversos dissabores, que os superou sempre com espirito de oração e de fé.

Nos últimos anos da sua vida participava intensamente da sua comunidade paroquial, dedicada a Santa Paulina. Levava consigo a família, que assumia ministérios sobretudo na vida litúrgica da comunidade eclesial.

 Num certo momento da sua vida, foi-lhe diagnosticada uma  leucemia. Aliada à diabetes, desafiavam ainda mais seu espírito de fé e oração. Verdadeira cruz assumida cada dia e por uma meia dúzia de anos. Foi internada diversas vezes para tratamento intensivo e de urgência. Certa ocasião, tive a oportunidade de visitá-la no Hospital de Itajaí.

Rosalina não desanimou, jamais. Com a oração frequente do terço, a santa comunhão que recebia dos ministros extraordinários da comunhão, com a constante leitura da bíblia e o conforto/testemunho de muitos familiares e amigos, ia se nutrindo espiritualmente.

Até que chegou o momento em que seu organismo não mais resistiu à evolução das doenças. Em setembro de 2011, Rosalina deixou este mundo para ir morar na casa do Pai.

Pessoalmente, diante da partida de pessoas tão próximas, aprofunda-se também reflexão sobre a minha vida. Meu irmão Maximino paritu há pouco, no dia 23 de fevereiro último. Um cunhado, o Gregório, há 7 anos, igualmente e de forma muito repentina, se foi

A gente sente que a pegunta a respeito da vida fica cada vez mais insistente. Daqui a pouco, serei também eu chamado. E como está a minha vida? Meu amor a Deus, aos irmãos, à natureza que me cerca? Pois a matéria do meu inevitável julgamento é esta: o amor. O amor que passa pela reconciliação comigo mesmo e com os outros. Alguém me fazia entender, nesses dias, que viver é construir relacionamentos. Relacionamentos em Deus com as pessoas que nos cercam, com aquelas que encontramos pela internet, com a família, com todos os seres criados por Deus.

Rezo hoje para que, no tempo que me resta, não perca tempo de preparar a minha eternidade. Os momentos da vida terrena são fugazes, são nada diante da eternidade que nos espera.

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