Não é fácil, mas estou tentando

 

Falo deste meu blog. Por causa de outros empenhos, de fato, alimentar um blog exige verdadeira ginástica. Assim, ele não é importante só para os meus amigos ou para todos que gostam desse meio de comunicação.  Acredito que seja bom principalmente para mim. Afinal, esse espaço pessoal de comunicação apresenta-se como um púlpito mais abrangente, onde, como pessoa e como sacerdote, exponho-me diante de uma diversificada e semi-desconhecida platéia.

Expor-se é exigência de todo dia. Na rua, no mercado, no ambiente de trabalho, na igreja, estamos expostos aos olhares de todos e todas. Faz parte, acredito, do senhorio que exercemos para conosco, a nosso respeito. Sentir-se gente é sentir-se harmonizado com todos e com o universo. Até mesmo sabendo que somos vistos com diferenciação muito diversificada. Quase um pleonasmo, mas é preciso acentuar essa realidade, dessa forma. Uns  nos rejeitam. Outros discordam de nossas idéias. Outros ainda não gostam da nossa roupa. Há ainda os que nos qualificam de “feios”.

De outro lado, vemos e sentimos tantas pessoas que nos vêem com simpatia, com amor. E isso é o que importa. Isso nos move, nos incentiva, nos motiva, nos faz viver, nos entusiasma, enfim.

Aceitar que nos rejeitem faz parte do nosso crescimento, de uma personalidade amadurecida, na qual integramos também as coisas negativas que a vida nos apresenta. E não podemos discordar totalmente destes nossos “inimigos”. Eles têm um pouco de razão porque ninguém de nós é perfeito. Todos temos, de um jeito ou de outro, nossos defeitos.

Impressiona-nos quando lemos, sobretudo no Antigo Testamento, ao vermos que Deus purificava seu povo através de invasões de reis e exércitos inimigos. Inimigos do povo e inimigos do próprio Deus – assim se expressa o texto sagrado. Essa espécie de violência gerava no povo escolhido a penitência pelos seus pecados e a conseqüente volta para o Deus verdadeiro. E esses “cabeças duras” ouviam sempre as advertências e ameaças do Senhor através dos profetas. Não os ouviam e até os matavam! Porém, quando voltavam do exílio, do “castigo”, choravam de alegria a celebrarem sua fé, seu Deus Único.

Pela minha experiência pessoal, se estamos em harmonia conosco mesmos e com Deus, somos muito mais capazes de andarmos reconciliados com todas as pessoas, com o ambiente onde estamos, com o universo. Reza salmo: “Mesmo que um exército se ponha em marcha contra mim, mesmo assim estarei confiante no Senhor”.

Concluindo, perder o medo de expor-se, vencer o respeito humano, encarar as eventuais oposições, confiar no Senhor, tudo isso, mais do que possibilitar, exige que nos exponhamos. Estaremos vivenciando uma ordem de Jesus:  testemunhá-lo até os confins do mundo. Se somos, pelo menos, um pouco capazes dessa harmonia, dessa paz, dessa sabedoria, com certeza, sua graça está agindo em nós. E então, como gritava o Apóstolo Paulo, grita também cada um de nós: “Ai de mim se não evangelizar”!

Por isso, vou adiante com meu blog, do jeito que posso, do jeito que sou e do jeito que vou aprendendo.  Conto com você!

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