Mesmo sendo sexta feira, dia de trabalho, 03 de fevereiro, às 19h, a Catedral de Blumenau esteve quase lotada de fiéis para a Missa do Sagrado Coração de Jesus (era a 1ª sexta-feira do mês) e a bênção de São Brás ou da garganta que tradicionalmente a Igreja Católica oficia nesse dia ao povo de Deus.
Presidiu a celebração o bispo diocesano de Blumenau, Dom Rafael Biernaski. Concelebrou o Pe. Carlos Ronaldo Evangelista da Silva, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora. E o Diácono Permanente Humberto do Nascimento serviu à mesma liturgia, proclamando o evangelho. Belo grupo de coroinhas e acólitos, harmoniosa e serenamente , desempenharam também suas funções litúrgicas.
À homilia, Dom Rafael, após saudar carinhosamente todos os presentes, teceu comentários ao evangelho e às motivações celebrativas do dia.
A pergunta “quem é Jesus e quem deve ser Ele para nós?” foi a pergunta que fundamentou sua reflexão. Descreveu como responderam a esta pergunta os personagens lembrados na ocasião: Herodes, João Batista, São Brás e os membros do Apostolado da Oração. Herodes admirava Jesus e até o confundia com João Batista, a quem mandara decapitar e que tentava reconhece-lo ressuscitado em Jesus. João Batista e São Brás pospuseram suas vidas pelo compromisso com o Mestre, ao ponto de entregarem-se `a perseguição e à morte. Iluminaram suas vidas com sua mensagem de esperança e salvação. São Brás permanece, na Igreja, como protetor contra os males da garganta e todos os males porque, pela fé de uma mãe, curou milagrosamente o filho, a quem uma espinha de peixe atravessada à garganta o estava levando à morte. Como o Senhor, dedicaram suas vidas pelo bem da Igreja e dos seus irmãos, principalmente dos sofredores. E os membros do “Apostolado” reúnem-se na oração pela Igreja, pelas vocações, pelos pobres e abandonados, em adoração, buscando assemelhar-se ao divino coração.
“Iluminemos, também nós, nossas vidas pela luz de Cristo” – convidou Dom Biernaski, concluindo sua homilia.
Logo em seguida, os três oficiantes, cada um com duas velas em forma de X, apagadas e levadas à garganta das pessoas, como reza o ritual, abençoaram individualmente cada uma das pessoas presentes, inclusive as crianças.
Ao som do vibrante órgão de tubos e com a piedade e devoção visíveis da assembleia reunida, a cerimônia prosseguiu até seu encerramento, quando, em organizada procissão, os oficiantes e todos os auxiliares se dirigiram até o hall de entrada da Catedral, despedindo-se em seguida.
Texto: Pe. Raul Kestring