Lizete, minha irmã, aniversariou – Parabéns! E muitos anos de vida e luta!

Neste domingo, 02 de dezembro, de tardezinha, estivemos na Padaria Dellanonna, propriedade de minhas irmãs Roseli e Lizete e seus respectivos esposos Miguel e Vilmar. Papai Gregório, mamãe Clarinda, Mônica, a amiga Zeane, uma vizinha cliente da padaria e eu, reunimo-nos para cantar os parabéns à querida aniversariante.

LIZETE ANIV 009

LIZETE ANIV 002

A verdadeira celebração teve bolo, bebida saudável e aquele bom papo de família, onde as boas recordações afloram expontaneamente.

Uma dessas recordações é do tempo em que Lizete foi concebida. É contada pelo papai Gregóriao. Ele e a Dona Nica (apelido da Clarinda) roçavam um terreno para a plantação, lá pelo mês de março de 1967. Apenas se haviam dado conta da nova gravidez. Entre uma foiçada e outra, a preocupada mamãe pergunta ao papai de sétima viagem: “Goio (apelido de Gregório), será que vamos dar conta? Este nosso bebê chegará justamente no tempo da colheita! E se não houver tempo favorável para uma colheita suficiente?” – “Não te preocupes, Nica, vai dar tudo certo, Deus nos ajudará” – responde o confiante o fiel companheiro.

Em 2 de dezembro, nasceu a linda menina em, meio a uma abundante colheita. Não é a caçula. Mesmo assim, pelo carinho que recebia e recebe hoje ainda, ficou a “popa” da família. Em famílias italianas aplica-se este apelido, geralmente atribuído ao mais novo integrante dos filhos. Para esta palavra popo, popa, não se encontra tradução na língua portuguesa. Significa filho/a / irmão/ã querido/a.

Realmente, tanto a colheita daquele ano quanto o nascimento da Lizete constituíram-se em  provas do amor de Deus para com os que nele depositam suas preocupações.

LIZETE ANIV 008

Hoje Lizete tem sua família praticamente consolidada. Os três filhos estão bem criados e encaminhados na vida. A mais nova, com seus 20 anos de idade,  prepara-se para começar o curso superior, provavelmente na área da medicina. A Popa, com seu esposo e a irmã com o respectivo esposo, há mais de 15 anos,  administram a padaria de sua propriedade, uma das mais conceituadas e frequentadas da cidade de Blumenau, a Padaria Dellanonna, cuja imagem, abaixo, mostra, numa vista interior.

LIZETE ANIV 012

Mas as recordações de Seu Gregório não param por aí. Da época das perguntas, próprias de quem está descobrindo o seu mundo e o mundo dos outros, a já moça feita Lizete, certo dia, tendo visto nascer mais cinco irmãos, quis quase repreender sua mãe: “Porque a mãe teve tantos filhos? Não teria sido melhor, menos sacrificoso, ter menos, uns quatro ou cinco, no máximo”? – “Pois é, – responde a sábia mamãe – se tivesse tido esse número de filhos, você não existiria”. Ao que imediatamente retruca a Lizete: “Ah, não, eu queria existir”.

É assim, pensamos as regras para os outros e nos esquecemos de que estas regras tem inesperadas consequências para nós. Vale esta observação até para aqueles e aquelas que sonham um mundo com menos habitantes, chegando a justificar com esse redutivo sonho as guerras e o próprio aborto. Esquecem que, bem administrado, o planeta tem capacidade para, pelo menos o dobro dos 7 bilhões atuais. Isso, sem contar a progresso da ciência que, certamente, favorecerá cada vez mais a convivência terrena, inclusive do ponto de vista numérico.

LIZETE ANIV 019

A bem sucedida padaria da Lizete, como se vê na foto acima, ostenta uma entrada exuberante, já de motivos natalinos. É o tempo de acolher o Menino de Belém, que foi divinamente acolhido no seio bendito de sua mãe Maria. E foi rejeitado também. Desejamos, no entanto, e rogamos ao Pai do Céu que todos os seres humanos que estão no pensamento de Deus possam ser acolhidos amorosamente, não só por seus pais, mas também pela sociedade, por uma humanidade valorizadora, protetora e cuidadora da vida.

Lizete faz a sua parte, continuando a tradição que recebeu de um pai solícito e temente a Deus, e de uma mãe que, no momento certo, soube escutar a fé e o amor à vida de seu providencial companheiro.

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