Precisamos dilatar coração até a grandeza do coração de Jesus. Quanto “trabalho”! Mas é o único necessário. Feito isto, está tudo feito. Trata-se de amar cada um que passa ao nosso lado, como Deus o ama. E, uma vez que estamos no tempo, amemos ao próximo um de cada vez, sem conservar no coração resíduos de afeto pelo irmão encontrado um minuto antes. Afinal é o mesmo Jesus que amamos em todos. Mas se permanecer o resíduo, quer dizer que amamos a nós mesmos no irmão precedente ou amamos por ele mesmo… não por Jesus. E aí está o mal.
A nossa obra mais importante é conservar a castidade de Deus, ou seja, conservar o amor no coração, amar como Jesus ama. Portanto, para ser puro, não é necessário sufocar o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatá-lo à medida do coração de Jesus e amar a todos. E, como é suficiente uma Hóstia Santa entre os bilhões de Hóstias para nos alimentarmos de Deus, basta um irmão (aquele que a vontade de Deus põe ao nosso lado) para colocar-nos em comunhão com a humanidade, que é Jesus místico.
E pôr-nos em comunhão com o irmão é o segundo mandamento, aquele que vem logo depois do amor de Deus, do qual é expressão.
(Extraído do livro “Escritos Espirituais”, Chiara Lubich, vol. I, 1983, pág. 17, Editora Cidade Nova, São Paulo)