As famílias do município de Rio dos Cedros, na região do Médio Vale do Itajaí, caracterizam-se por acentuada religiosidade cristã/católica. Sagrada herança que os primeiros habitantes da região, italianos, alemães e poloneses que aí chegaram a partir da segunda metade do século 19. Esse destacado espírito religioso foi marcando a história dos riocedrenses desde os inícios até os dias de hoje. Belos templos e capitéis dedicados a Nossa Senhora e aos santos expressam por toda parte esse cultivo da religião como autêntica fonte de consolo diante das dificuldades e coragem no enfrentamento dos inevitáveis desafios ao desenvolvimento. Assim, em baixadas ou elevações geográficas, à beira das estradas, na frente das moradias, vêem-se as manifestações do profundo espírito religioso.
Não se pode omitir outro fruto da devoção daquelas famílias: o significativo número de consagrados, padres, religiosos e religiosas que Rio dos Cedros doou à Igreja, notadamente na congregação salesiana.
Sacerdotes seguidores de Dom Bosco, animaram a vida cristã daquela extensa Paróquia dedicada a Nossa Senhora Imaculada Conceição por nada e mais e nada menos do que 90 anos. Por diversos anos, um seminário reunia vocacionados ao sacerdócio na cidade. E muitos dos que, em algum momento, sentiam não ajustarem-se ao ideal sacerdotal, reoptando pela vida leiga, tornaram-se boas lideranças comunitárias, dedicados esposos e pais, fazendo jus à boa formação obtida. Portanto, mesmo assim, a comunidade era naturalmente enriquecida.
História
A pouca distância da Capela São Paulo, em Rio Ada, encontra-se o singelo capitel dedicado a Santo Expedito. A inspiração em construí-lo, teve-a o morador Augusto Formigari. Em viagem a Jaraguá do Sul, por volta do ano 2003, ouviu de um padre a história de São Benedito. Ficou tão comovido com os fatos que envolveram a vida do santo que lhe surgiu a ideia de construir a pequena igreja. De acordo com o pároco de Rio dos Cedros, escolheu local apropriado, à beira da estrada geral, pensando também na facilidade de acesso dos devotos. Sua abençoada iniciativa contou logo com a adesão de seu irmão Otávio; e o projeto foi se encaminhando. O pedreiro apelidado de “Madruga” aceitou a missão de erguer a obra.
A notícia da construção do capitel espalhou-se rapidamente. E, a partir daquele ano, os vizinhos de Augusto e devotos do “santo das causas urgentes”, na sua data comemorativa, 16 de abril, em quase todos os anos, reúnem-se para a missa que, dentro das possibilidades das agendas pastorais da referida paróquia, ali se celebra. Lideranças da comunidade também tomam a iniciativa de encontrarem-se naquele espaço sagrado para suas súplicas, ações de graças, leitura bíblica, honrando e invocando o glorioso Santo Expedito.
Pe. Raul Kestring
Leia a história de Santo Expedito