Como celebrar em casa a quarta-feira, 22 de abril – Roteiro fácil e bonito – Adaptação: Pe. Raul Kestring

Este é o folheto digital para você fazer a CELEBRAÇÃO DA PALAVRA desta quarta-feira, 22 de abril, em sua casa
A celebração da Páscoa continua nas sete próximas semanas, até culminar em Pentecostes. Até o final do período de confinamento por causa do coronavírus, a Aleteia, em colaboração com a revista Magnificat, continuará oferecendo estes guias para você realizar na sua casa a Celebração da Palavra de Deus.

ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO:

Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da missa ou acompanhar a missa pela televisão.
Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.

Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
Coloque-se uma cruz ou o crucifixo.
Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
Se você tem flores no jardim, colha algumas para colocá-las no ambiente de oração, pois sua presença  significa a alegria da Páscoa.
Designa-se uma pessoa para dirigir ( D: Dirigente) a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família.
Serão designados leitores (L: Leitor) para as leituras. A letra T indica todos.
Podem-se preparar os cantos apropriados e conhecidos.

QUARTA-FEIRA DA SEGUNDA SEMANA DE PÁSCOA

Celebração da Palavra

T: “Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.”

Sentados. 

D: Irmãos e irmãs:
Na liturgia de hoje, a Igreja
nos convida a cantar:
“Senhor, anunciarei o Teu nome aos meus irmãos.”

Na primeira leitura,
o anjo confia uma missão idêntica aos apóstolos,
os quais Ele liberta da prisão:
“Ide ensinar ao povo estas palavras da vida.”

É a mesma missão que Jesus Cristo ressuscitado
confiou aos apóstolos que tinha escolhido,
antes de retornar ao Pai, dizendo-lhes:
“Vocês serão minhas testemunhas.”

Irmãos e irmãs,
A mensagem de Páscoa não seria verdadeira
se a privássemos de seu dinamismo missionário.
Todos os anos, as celebrações da Páscoa
renovam esse dinamismo em nossos corações,
quando tomamos consciência de que
“Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.”

Mas o que isso significa? Quem é “o mundo”?
O mundo, irmãos e irmãs, é o mundo inteiro,
não apenas a pequenez da minha pessoa,
ou de um grupo de iniciados.

O mundo é toda a humanidade, o cosmos,
o universo visível e invisível, toda a criação.
De fato, Deus não entregou seu único filho
para julgar todo o mundo,
para que apenas alguns possam ser salvos,
mas para que através dele
todos possam ser salvos.

Irmãos e irmãs,
somos testemunhas dessa esperança.
Esperança mais forte que todos as provações,
mais forte que a própria morte:
esperança contra toda esperança.

Do nosso confinamento,
e especialmente quando nossas portas se abrirem,
ouçamos a voz do Senhor que nos diz:
“anunciai a todos as minhas palavras da vida eterna.”

Pausa

Nesta Quarta-feira da Segunda Semana de Páscoa,
circunstâncias excepcionais continuam
a nos impedir de participar da celebração da Eucaristia.
No entanto, hoje mais do que nunca
devemos atualizá-la
amando-nos uns aos outros,
como Tu, Senhor, nos amaste.

Depois de um momento de silêncio, todos se levantam e fazem o sinal da cruz dizendo:

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

D: Para nos prepararmos para receber a Palavra de Deus
para que ela possa nos regenerar,
reconheçamos nossos pecados.

Segue o rito penitencial.

D: Senhor, tende piedade de nós.
T: Porque pecamos contra ti.
D.: Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.
T: E dai-nos a vossa salvação.

D.: Que Deus Todo-Poderoso tenha misericórdia de nós,
perdoe os nossos pecados,
e nos conduza à vida eterna.

T: Amém

Recitamos ou cantamos:

D,: Senhor, tende piedade de nós!
T: Senhor, tende piedade de nós!
D. Cristo, tende piedade de nós!
T: Cristo, tende piedade de nós!
D.: Senhor, tende piedade nós!e.
T: Senhor, tende piedade de nós!

ORAÇÃO

D.: Senhor, que pelo mistério pascal de Cristo restaurastes a dignidade da natureza humana e lhe destes a nova esperança da ressurreição, fazei-nos viver em amor constante o mistério que anualmente celebramos na fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

T: Aleluia

A pessoa encarregada da primeira leitura permanece de pé, enquanto as outras pessoas ficam sentadas.

PRIMEIRA LEITURA

L.: Leitura dos Atos dos Apóstolos (5, 17-26):
Naqueles dias:
Levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido
– isto é, o partido dos saduceus –
cheios de raiva e mandaram prender os apóstolos
e lançá-los na cadeia pública.
Porém, durante a noite,
o anjo do Senhor abriu as portas da prisão
e os fez sair, dizendo:
‘Ide falar ao povo, no Templo,
sobre tudo o que se refere a este modo de viver.’
Eles obedeceram e, ao amanhecer,
entraram no Templo e começaram a ensinar.
O sumo sacerdote chegou com os seus partidários
e convocou o Sinédrio e o Conselho
formado pelas pessoas importantes do povo de Israel.
Então mandaram buscar os apóstolos à prisão.
Mas, ao chegarem à prisão,
os servos não os encontraram e voltaram dizendo:
‘Encontramos a prisão fechada, com toda segurança,
e os guardas estavam a postos na frente da porta.
Mas, quando abrimos a porta,
não encontramos ninguém lá dentro.’
Ao ouvirem essa notícia,
o chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes
não sabiam o que pensar
e perguntavam-se o que poderia ter acontecido.
Chegou alguém que lhes disse:
‘Os homens que vós colocastes na prisão
estão no Templo ensinando o povo!’
Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas
e trouxe os apóstolos, mas sem violência,
porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.
Palavra do Senhor.

T: Graças a Deus!

O mesmo leitor, ou outro que for designado, lê o Salmo

SALMO (33)

T: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido. Aleluia.
L.: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,
seu louvor estará sempre em minha boca.
Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem!
T: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido. Aleluia.

L.: Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome!
Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,
e de todos os temores me livrou.
T: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido. Aleluia.

L.: Contemplai a sua face e alegrai-vos,
e vosso rosto não se cubra de vergonha!
Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,
e o Senhor o libertou de toda angústia.
T: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido. Aleluia.

L.: O anjo do Senhor vem acampar
ao redor dos que o temem, e os salva.
Provai e vede quão suave é o Senhor!
Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
T: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido. Aleluia.

EVANGELHO
Para aclamar o Evangelho, cantamos o Aleluia:

T.:  Aleluia, aleluia, aleluia.
L.: Este é o dia do triunfo do Senhor,
dia de alegria e júbilo.
T.:  Aleluia, aleluia, aleluia.

L.: Evangelho segundo João (3, 16-21):
Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
Ora, o julgamento é este:
a luz veio ao mundo,
mas os homens preferiram as trevas à luz,
porque suas ações eram más.
Quem pratica o mal
odeia a luz
e não se aproxima da luz,
para que suas ações não sejam denunciadas.
Mas quem age conforme a verdade
aproxima-se da luz,
para que se manifeste
que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.

T.: Glória a vós, Semhor!

O Evangelho conclui sem aclamação. Todos se sentam. O Dirigente volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

D.: No profundo do nosso coração marcado pelo pecado,
deixemos ecoar esta palavra do Senhor,
que é endereçada pessoalmente a cada um de nós:

“Ninguém subiu ao céu,
a não ser aquele que desceu do céu,
o Filho do Homem.”

Permanecemos alguns instantes em silêncio para meditar.

PAI NOSSO

O Dirigente da celebração introduz o Pai Nosso

D,: Unidos no Espírito e na comunhão da Igreja,
fiéis à recomendação do Salvador,
ousamos dizer:

T.: Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.

E imediatamente todos prosseguem proclamando:

Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

Sentamo-nos.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

D.: Como não podemos receber a comunhão sacramental, o Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual, também chamada de “comunhão do desejo”. O Concílio de Trento nos lembra que “trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial, unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade, e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”. O valor da nossa comunhão espiritual portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia, como fonte de vida, amor e unidade, e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

Com esta disposição, convido-vos a reclinar a cabeça, fechar os olhos e viver um momento de recolhimento.

Pausa em silêncio

D.: No mais profundo de nossos corações
deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,
em comunhão sacramental,
e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,
amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

Permanecemos uns minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo. Podemos elevar um canto de ação de graças conhecido. Colocamo-nos de pé, e todos juntos pronunciam esta oração:

T.: Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém!

BÊNÇÃO

O Dirigente da Celebração, com as mãos juntas, pronuncia em nome de todos a fórmula da bênção:

D.: Pela intercessão de São N.
[padroeiro da paróquia],
de todos os santos e santas de Deus,
que o Senhor da perseverança e da fortaleza
ajude-nos a viver o espírito de
sacrifício, compaixão e amor de Jesus Cristo.

Desta forma, em comunhão com o Espírito Santo,
daremos glória a Deus,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelos séculos dos séculos.

T.:  Amém.

Todos juntos olhando para a cruz pedem a bênção do Senhor:

T.: Desça sobre nós a bênção de Deus e permaneça para sempre. Amém.

Todos fazem o sinal da cruz.
Os pais podem fazer o sinal da cruz na testa dos filhos pequenos.
É possível concluir a celebração elevando um cântico que todos conecem à Virgem Maria.

D.: Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
T.: Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!
D.: Ressuscitou como disse, Aleluia!
T.: Rogai por nós a Deus, Aleluia!

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