Achei tão oportuna, lógica, pertinente, esta notícia veiculada pela Agência de Notícias ZENIT, que resolvi publicá-la integralmente neste meu site.
Merece ser lida, refletida, considerada, inclusive no âmbito jurídico, legal, ao qual se alia naturalmente o tema.
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Tratando-se de pessoas do mesmo sexo, “antes de tudo, não se deveria falar de ‘casamento’”.
É o que afirma o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, ao comentar sobre a recente aprovação do “casamento” gay na Argentina, em entrevista ao jornal O São Paulo, dia 20 de junho.
Este conceito, casamento – afirma o arcebispo –, “é consagrado na linguagem e na cultura para indicar a união e o compromisso estável de duas pessoas de sexos diferentes; além disso, ‘casamento’ também tem inquestionável conotação religiosa na linguagem corrente”.
“No caso de pessoas do mesmo sexo, não temos nenhum ‘casamento’. Trata-se de outro tipo de união, acordo ou contrato”, explica o arcebispo.
Segundo Dom Odilo, se deveria falar, “de maneira mais apropriada, de ‘uniões civis’, ou de ‘reconhecimento legal’ de uniões de pessoas do mesmo sexo”.
“Essas uniões não podem ser equiparadas ao casamento entre pessoas de sexos diferentes, do qual decorre uma verdadeira família e também nascem filhos.”
O casamento “tem uma função antropológica e social muito diversa da união de pessoas do mesmo sexo”, afirma o cardeal.
Dom Odilo considera que a maneira como a questão vem sendo tratada “na legislação e nas atitudes culturais que daí decorrem certamente são uma ameaça ao casamento e à família, que deveriam merecer tratamento diferenciado por parte da sociedade e do Estado”.
“A família, no sentido tradicional, precisa ser protegida, promovida e favorecida, pois cumpre uma função social e antropológica inquestionável e insubstituível. Sem falar da função religiosa”, afirma.
Fonte: Agência de Notícias ZENIT, 27 de junho de 2010