Casa de Acolhida de Idosos celebra padroeiros – Pe. Raul Kestring

Crédito: Diocese de Blumenau Divulgação
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Com santa missa presidida pelo bispo diocesano de Blumenau, Dom Rafael Biernaski, os idosos e idosas da Casa Santa Ano, no Bairro Garcia, região sul de Blumenau, no último dia 26 de julho, comemoraram os padroeiros Santa Ana e São Joaquim. A capela do estabelecimento ficou lotada, pois também os funcionários e a comunidade das Irmãs Elisabetinas que cuidam dos internados se fizeram presentes. Concelebraram Eucaristia os padres Lauro Roque Mittelmann, Marcos Valentim Nerone e Raul Kestring.

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À homilia, Dom Rafael, agradeceu o empenho amoroso de todos os que trabalham na casa, proporcionando ambiente de harmonia, esperança e cuidados. O bispo dirigiu sua gratidão também a um grupo de benfeitores externos do caridoso empreendimento. Pertencentes à Paróquia Nossa Senhora da Glória, em cujo território a Casa Santa Ana, e a outros lugares, esses verdadeiros suportes da humanitária iniciativa, colaboram em promoções e situações de emergência, em vista do respectivo bom andamento.

Dom Rafael, em sua reflexão, referiu-se ainda à história de São Joaquim e Santa Ana, citando o evangelho de São Tiago. Tido como apócrifo, isto é, na lista dos escritos excluídos da Bíblia, mas de valor histórico. Nele encontra-se a história desses padroeiros. Já em idade avançada, o casal não tinha filhos porque eram inférteis. Era, por isso, desprezado como amaldiçoados por Deus, conforme o entendimento daquele tempo. Joaquim, então, retira-se para o deserto, em penitência e preces. Deus o ouviu e a esposa concebeu Maria, aquela que seria a mãe de Jesus. Por consequência, O santo casal tornou-se os avós de Jesus. Eloquente testemunho de fé e confiança no misericordioso poder divinos! Digno de ser imitado!

Expôs, enfim, o bispo de Blumenau, o bonito tema instituído pelo Papa Francisco para a importante data: “Não me abandones na minha velhice” (Salmo 71,9). Dirigida ao Deus Criador e Pai, invoca sua proteção para a avançada idade dos seus filhos. Jamais Ele abandona alguém. O fato, porém, de a ele se fazer essa prece ajuda a tornar os seres humanos mais conscientes esse amor incondicional de Deus, especialmente quando as forças diminuem e chegam as limitações próprias da velhice. No entanto, a oração do salmista tem a ver com os familiares do idoso e com toda a comunidade cristã. Devem eles cuidar do membro idosos. O quarto mandamento da lei de Deus pede: “Honrar pai e mãe”. Não deixá-los abandonados e excluídos, nem da família e nem da comunidade. Eles continuam edificando uma e outra com sua sabedoria, memória e fé. Merecem nosso carinho e amparo.

Após o ato religioso, os idosos dirigiram-se ao refeitório, onde um cardápio festivo os esperava.

Crédito: Diocese de Blumenau Divulgação
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A Casa Santa Ana abriga, nesse momento, em torno de noventa pessoas idosas. E, desde os seus inícios, em outubro de 1999, é animada e dirigida pelas Irmãs de Santa Elisabete (ou santa Isabel da Hungria). É uma Congregação polonesa, convidada pelo fundador da Casa, o saudoso Monsenhor Geraldo Eugeniusz Piésik, com o apoio dos paroquianos de Nossa Senhora da Glória, Garcia. Há 175 essa Congregação nasceu pela iniciativa de Clara Wolff, com a qual se uniram bem no início Matilde Merkert, sua irmã, Maria Luisa Merkert, e Francisca Werner, na cidade de Nysa (na época território alemão, hoje pertencente a Polônia).

O objetivo principal delas era o serviço desinteressado aos mais necessitados, sobretudo os pobres e doentes nas suas próprias casas, sem distinção de idade, condição social, proveniência ou religião.

“Devemos fazer os outros felizes”, afirmava a inspiradora Santa Isabel da Hungria. Esse lema motiva o benemérito trabalho dessas apóstolas da caridade em Blumenau e em muitos outros lugares do Brasil e do mundo.

Pe. Raul Kestring – Blumenau, 29 de julho de 2024.

 

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