Boas notícias da minha – nossa – mamãe

Mamãe Clarinda com as agradáveis visitas, em Taió, na casa do filho Januário

Para quem a acompanhava durante os 43 (quarenta e três) dias de internação hospitalar, as incertezas e desconfianças habitavam a mente e o coração. A cirurgia do fêmur e o correspondente implante, as bactérias que impediam a cicatrização do corte, pareciam obstáculos intransponíveis à minha mãe, Clarinda Borghezan Kestring.

Acredito piamente que o primeiro fator que a levou a vencer essa batalha foi o profissionalismo e o verdadeiro carinho dos médicos, enfermeiros e funcionários do hospital.

o segundo fator, determinante, esse igualmente, credito aos meus irmãos e minhas irmãs que todos os dias e todas as noites marcaram presença e cuidados ao lado dela.

A única irmã dela, sete anos mais nova, tia Cremilda, por especial atenção da sua Congregação,Catequistas Franciscanas, pode estar por boa parte do tempo ao seu lado, no hospital e também em bom período, após a alta, na residência! Como não reconhecer nessa “fraternidade natural” das duas “manas” uma força extraordinária de recuperação física, emocional, até mesmo espiritual.

“Um milhão de amigos”, espalhados por todos os cantos desse mundo, alargados pelas mídias sociais, estavam unidos às suas dores e esperanças, elevando ao Deus-Amor as suas preces pela sua recuperação.

Enfim, ela mesma, confortada por sua fé cristã/católica, sempre se erguia do desânimo e dos desafios. Sua querida Santa Paulina, Santo Antonio, a Eucaristia que recebia, possibilita afirmar em verdadeiro milagre da vida!

Ontem, 01 de fevereiro, eu a busquei em Taió, onde passou quinze dias na casa do filho Januário, bem

Amigas dos “tempos de solteira” também vieram vê-la – Viver é recordar!

acompanhada igualmente da nora, dos netos e bisnetos. Com seu andador, na medida do possível, lá, percorria calçadas e lugares da residência, recordando os bons tempos, em que, ali, manifestava-se inigualável “guerreira”, no cuidando de quase tudo o que faz a vida e a luta de uma agricultora. Ainda arrumava tempo para participar efetivamente da vida paroquial, acompanhando o esposo nos ministérios que exercia: Ministro do Culto Dominical, Ministro Extraordinário do Matrimônio, da Comunhão e do Batismo. Meu pai também sempre somou seu apoio em assuntos comunitários como energia elétrica, cooperativa, escola.

Ei-la, então, de novo no seu “cantinho”, sob os olhos atentos da empregada e sob o carinho dos filhos e filhas que se revezam na companhia e nas atenções.

Não sabemos o que o Pai do céu ainda lhe reserva nas condições de seus 85, quase 86 anos. “A cada dia basta seu cuidado” (Mt 6,34), diz Jesus. Uma coisa, porém, é certa e nos gratifica deveras: Nossa mãe está bem. E vai ficando ainda melhor, firmando-se aos poucos nos seus passos e, a partir da próxima semana, possivelmente com a assistência profissional de um fisioterapeuta. que está sendo providenciado.

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