«Conhecereis a verdade» – Catecismo da Igreja Católica

"Conhecereis a verdade e a verdade voslibertará" (Jo 8,32)

Deus, «Aquele que É», revelou-Se a Israel como Aquele que é «cheio de misericórdia e fidelidade» (Ex 34,6). Estas duas palavras exprimem, de modo sintético, as riquezas do nome divino. Em todas as Suas obras, Deus mostra a sua benevolência, a Sua bondade, a Sua graça, o Seu amor; mas também a Sua credibilidade, a Sua constância, a Sua fidelidade, a Sua verdade. […]

Deus é a verdade. «A verdade é princípio da Vossa palavra, é eterna toda a sentença da Vossa justiça» (Sl 119,160). «Decerto, Senhor Deus, Vós é que sois Deus e dizeis palavras de verdade» (2Sm 7,28); é por isso que as promessas de Deus se cumprem sempre. Deus é a própria verdade; as Suas palavras não podem enganar. É por isso que nos podemos entregar com toda a confiança e em todas as coisas à verdade e à fidelidade da Sua palavra. O princípio do pecado e da queda do homem foi uma mentira do tentador, que o levou a duvidar da palavra de Deus, da Sua benevolência e da Sua fidelidade (Gn 3,1).

A verdade de Deus é a Sua sabedoria, que comanda toda a ordem da criação e o governo do mundo. Só Deus – que, sozinho, criou o céu e a terra – pode dar o conhecimento verdadeiro de todas as coisas, criadas na sua relação com Ele. Deus é igualmente verdadeiro quando Se revela: todo o ensinamento que vem de Deus é «doutrina de verdade» (Ml 2,6). Quando Ele enviar o Seu Filho ao mundo, será «para dar testemunho da verdade» (Jo 18,37): «Sabemos […] que veio o Filho de Deus e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro» (1Jo 5,20).

Deus é amor. […] O amor de Deus para com Israel é comparado ao amor dum pai para com o seu filho (Os 11,1). Este amor é mais forte que o de uma mãe para com os seus filhos (Is 49,14-15). Deus ama o Seu povo, mais que um esposo a sua bem-amada (Is 62,4-5); este amor vencerá mesmo as piores infidelidades; e chegará ao mais precioso de todos os dons: «Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe entregou o Seu Filho Único» (Jo 3,16).

Catecismo da Igreja Católica §§ 214-219

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