Em Piçarras, estado de Santa Catarina, comunidade venera Santa Catarina de Alexandria há mais de cinquenta anos

Crédito: Diocese de Blumenau Divulgação
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Na localidade de Morro Alto, interior do município de Piçarras, as famílias se reuniam na escola para rezar. Aos poucos, foi surgindo e tomando força a ideia de construir uma capela. Uma generosa senhora da comunidade doou um terreno e, ali, no início da década de setenta, foi construída a pequena igreja, de madeira. Muitas pessoas colaboraram para que este verdadeiro sonho se tornasse realidade. Entre elas, Domingos Íon de Deus (hoje, ministro da Eucaristia), Aristides e Francisco Borges, sempre muito apoiados pelas famílias do lugar.

Construída a capela, de madeira, foi escolhida a padroeira, Santa Catarina de Alexandria, também padroeira do nosso Estado. Essa escolha foi feita porque a doadora do terreno da igreja se chamava Catarina Coelho. Sr. José Reis doou a bonita imagem da santa.
Nos primeiros anos, a capela chegou a contar com mais de quarenta famílias-membro. As mudanças conjunturais e sociais forçaram a migração de diversas delas para a cidade e para outros locais. Hoje, a comunidade tem cerca de trinta famílias.

Dez anos se passaram da primeira capela construída. O fervor da fé, porém, não passou. Aquelas famílias católicas resolveram construir uma nova capela, não mais de madeira, mas de alvenaria. Não muito grande, mas suficiente para o número de pessoas do lugar, em pouco tempo, o novo templo estava de pé, belo e acolhedor. E a imagem da Padroeira recebeu ainda maior destaque, tronejando junto ao presbitério.

Todo mês de novembro, dia 25, celebra-se a memória litúrgica de Santa Catarina de Alexandria. A comunidade, solidariamente, se une para promover a novena e a festa popular em seu louvor. O empenho conjunto possibilita relacionamentos mais estreitos entre todos. A solidariedade que vem da fé se renova. A celebração atrai devotos e devotas também de outros lugares.

Os emigrantes do Morro Alto, em seus novos lugares de residência, não esquecem a experiência de amizade e fé que vivenciaram na sua comunidade de origem. Ainda mais que a maioria passou seu tempo da infância, da catequese, da Primeira Eucaristia e da Crisma junto àqueles riachos, pastagens e plantações. Moldura preparada por Deus para somar às alegrias da privilegiada convivência animada pelo Evangelho. E os que vão chegando de outras regiões para fixarem residência na Comunidade do Morro Alto, logo vão se sentindo em casa, acolhidos com espírito fraterno e solidário.
Texto: Pe. Raul Kestring

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